terça-feira, 29 de junho de 2010

A origem do nome "Jesus" [ ESTUDO ]

Há muito tempo havia lido no site da SBB uma ótima explicação sobre a origem do nome de Jesus. Infelizmente este artigo não está mais presente no site, mas encontrei um outro site que o postou também, e agora eu também o copio.
Vejo que esta explicação é importante pois algumas pessoas se equivocam ao criticar o uso do nome Jesus, achando que o correto é falar somente "Yeshua". É um texto grande, mas um estudo muito bem feito! Segue abaixo: (caso queira alterar o tamanho da letra, e caso possua um navegador recente basta apertar Ctrl+'+' ou Ctrl+'-').



Autor : Prof. João Flávio Martinez Publicado em : Sábado, 03/11/2007


Jesus Cristo ou Yeshua Hammaschiach?


Resposta a questões formuladas pelo Pastor Josué Breves Paulino, redigida pela Comissão de Tradução, Revisão e Consulta da Sociedade Bíblica do Brasil e lida e aprovada em reunião plenária de 30 de maio de 1995.


Observe-se inicialmente que não tem cabimento a afirmativa de que o nome Jesus é de origem grega e não hebraica. Esse nome, transliterado para o grego como Iesous, é hebraico e vem de Yeshua” (as aspas representam a letra ayin). A forma plena da palavra é Yehoshua”, que, a partir do Cativeiro, passou a dar lugar, geralmente, à forma abreviada Yeshua”. Até o começo do segundo século d.C. Iesous (Yeshua”) era um nome muito comum entre os judeus. Na Septuaginta, versão do Antigo Testamento que os judeus fizeram entre os anos 285 e 150 a.C., do hebraico para o grego, o nome Iesous aparece para referir-se tanto a Josué (quatro indivíduos) como aos oito Jesua mencionados em Esdras e Neemias.


Iesous não é nome de nenhum deus da mitologia grega, tanto que não aparece em nenhum clássico grego. Ver, por exemplo, o Dictionaire Grec-Français (1.868 páginas), de C. Alexandre, que, no apêndice de nomes históricos, mitológicos e geográficos, traz no verbete Iesous apenas o seguinte: “Jesus, nome hebraico.”




Agora, em ordem, as respostas às questões propostas.


1. De fato, em hebraico não existe o som j. Como, então, aparece essa letra em nomes bíblicos em quase todas as línguas com as quais estamos familiarizados? O que aconteceu foi o seguinte: os judeus da Dispersão, empenhados em traduzir as escrituras hebraicas para o grego (a Septuaginta), não encontraram nessa língua uma consoante que correspondesse ao yodh do hebraico, e a solução foi recorrer à vogal grega iota, que corresponde ao nosso i. Então escreveram Ieremias, começando com i, e assim por diante, inclusive Iesous.


Mas como foi que esse i se tornou j? Foi através do latim, que deu origem às línguas neolatinas, entre as quais está o português. No latim posterior à Idade Média começou a aparecer na escrita a distinção que já existia na pronúncia entre o i vogal e o i consoante, o qual passou a ser grafado j. Por isso, ao abrir o Dicionário Latim-Português, de Santos Saraiva, você vai encontrar um verbete que começa assim: Iesus ou Jesus; e este outro: Ieremias ou Jeremias; e outros semelhantes.


2. Yehoshuah termina com o som de AH; de onde se originou o us em Jesus? Observe-se, primeiro, que o final desta palavra não é AH (qamets seguido de he), mas a” (pathach seguido de ayin; as aspas representam o ayin): Yehoshua”.


Em segundo lugar, Jesus não se deriva de Yehoshua”, mas da forma abreviada Yeshua”, como explicado anteriormente (ver, por exemplo, Ed 2.36). O a que precede o ayin é um pathach furtivo (ver Gramática Hebraica, Guilherme Kerr, # 18.7).


O s final em Jesus se explica pela necessidade de tornar esse nome declinável: os judeus substituíram o ayin final por um sigma (o s grego) do caso nominativo. Nos outros casos a palavra se declina assim: Iesou (genitivo), Iesoi (dativo), Iesoun (acusativo) e Iesou (vocativo). Com isso mataram-se dois coelhos com uma só cajadada: o nome ficou declinável, e o ayin final, que não tem equivalente em grego, foi substituído por um sigma (s).


Fato semelhante se deu com Judas, que reflete a forma grega Ioudas, que em hebraico é Yehudah (Judá). Outros nomes hebraicos que terminam com a gutural he tem em grego, em latim e em português no final o som s: Isaías, Jeremias, Josias, Sofonias et al. Outro exemplo é o vocábulo Mashiach, que termina com a gutural sonora cheth (ch), a qual em grego, em latim e em português deu lugar ao som s: Messias.


3. O Novo Testamento foi originalmente escrito pelos apóstolos em hebraico ou aramaico e posteriormente traduzido para o grego? A resposta é: não. É possível que algumas coleções de ensinos de Jesus, escritas em aramaico (as chamadas logia), tivessem circulado entre os cristãos e servido Mateus e Lucas ao escreverem os seus evangelhos. Mas nenhum manuscrito dessas logia foi encontrado até hoje. O tradutor do Novo Testamento não pode basear-se em textos hipotéticos. Os livros do Novo Testamento foram todos escritos em grego coiné, e é no texto grego que se têm baseado as traduções que têm sido feitas através dos séculos.


4. Os originais das Escrituras, especialmente o Novo Testamento, foram destruídos pelas guerras, especialmente na destruição de Jerusalém no ano 70 d.C.? Resposta: Não existe nenhum manuscrito autógrafo de nenhum livro da Bíblia. Tanto no caso do Antigo Testamento como no do Novo, o que temos são cópias feitas através dos séculos. Especialistas cotejam e avaliam cientificamente estas cópias com o objetivo de se chegar o mais perto possível dos textos autógrafos. Cópias dos manuscritos hebraicos e dos gregos foram feitas nos países do mundo bíblico, o que assegurou a sua preservação através dos séculos.


5. Jerônimo. A citação [de uma carta de Jerônimo ao papa Dâmaso temendo ser acusado futuramente de falsário por impetrar diversos acréscimos, mudanças e correções nas Escrituras] é breve demais e deve ser comprovada com indicação de fonte. E mais: citações fora de contexto podem levar a conclusões apressadas e falsas.


6. Lucas 23.38. Sobre leitura duvidosa não se devem basear argumentos, e este é o caso aqui. As palavras “em letras gregas, romanas e hebraicas” não aparecem nos melhores e mais antigos manuscritos e por isso estão ausentes de traduções modernas, como a Bíblia na Linguagem de Hoje, a Nova Versão Internacional e a Bíblia de Jerusalém. A Almeida Revista e Atualizada põe essas palavras entre colchetes (ver Bruce Metzger, A Textual Commentary on the Greek New Testament, 2a. ed., 1994, págs. 154 e 217). Em João 19.19-20, todavia, diz-se que “estava escrito assim em hebraico, latim e grego: ‘Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus’”. Então o nome de Jesus não foi apenas transliterado: foi escrito na forma corrente de cada uma das três línguas. Em hebraico foi Yeshua”, como fez F. Delitzsch na sua tradução do Novo Testamento do grego para o hebraico. Em grego foi Iesous, e em latim, Iesus.


Também não se sustenta a afirmativa de que nome próprio não pode ser traduzido. Geralmente nome próprio não se traduz; às vezes, sim. Foi o que aconteceu com Simão, a quem Jesus disse: “O seu nome é Simão... de agora em diante o seu nome será Cefas (que quer dizer Pedro)” (João 1.42). Cefas é palavra aramaica que quer dizer “pedra”. Pedro é em grego Petros, que quer dizer “pedra”. E esse nome, resultado de tradução e não de transliteração, foi o que se tornou mais comum, e baseado nele foi que Jesus construiu o trocadilho registrado em Mateus 16.18.


7. Como o nome Yehoshua” se tornou Jesus (fonética histórica)? Resposta: Já vimos que o vocábulo Jesus não se deriva diretamente de Yehoshua”, mas da forma abreviada Yeshua”, através do grego e do latim. A consoante inicial J foi explicada acima, no item 1. Agora, o s médio em Jesus. No vocábulo hebraico Yeshua”, o grupo sh representa a consoante shin. Por não haver em grego som correspondente a essa consoante fricativa palatal, que soa como xis em eixo, os judeus a substituíram por sigma, também fricativa mas línguodental, que em grego, mesmo entre vogais, soa como ss. O ditongo grego ou soa u. E o aparecimento do s final foi explicado no item 2, acima. A evolução do termo de uma língua para outra é a seguinte: Yeshua” (hebraico) > Iesous (grego) > Jesus (latim) > Jesus (português).


Finalmente, é preciso esclarecer que, para o leitor, o real significado dos nomes não é assegurado pela sua transliteração. Primeiro, há um problema insuperável na transliteração, que é o da falta de equivalência de alguns sons nos alfabetos das duas línguas. Isso, em se tratando do hebraico, é verdade em relação ao tau sem daghesh, à pronúncia do mem e do nun finais e das guturais he, cheth e ayin. O ayin só os orientais são capazes de pronunciar corretamente. Depois, suponha-se que na tradução do Novo Testamento imprimíssemos Yeshua” Hammashiach em lugar de Jesus Cristo. Será que isso asseguraria a manutenção do “real significado expresso no original”? É evidente que não. Isso apenas causaria uma confusão total na mente dos leitores. No emprego do nome Jesus Cristo os escritores dos livros do Novo Testamento dão o exemplo a ser seguido pelos tradutores de hoje: eles usaram o nome grego popularmente corrente – Iesous – para indicar o hebraico Yeshua”. O título Christós, que passou a ser nome, foi traduzido pelos apóstolos do hebraico para o grego. Ver, por exemplo, João 1.41, passagem em que André diz a Pedro: “Achamos o Messias. (Messias quer dizer Cristo)”. É que leitores do Evangelho de João não sabiam o que queria dizer Messias, mas sabiam que Cristo queria dizer ungido. O tradutor hoje deve distinguir entre Cristo como nome unido a Jesus e Messias como título de Jesus. Como vimos, isso é claro em João 1.41. E também em Mateus 16.16: “O senhor é o Messias, o Filho de Deus.” Mas nem essa maneira de traduzir é suficiente para transmitir ao leitor o sentido mais profundo do original. Então, um dos recursos usados é a colocação de nota marginal onde for o caso. Por exemplo, em Mateus 1.21 a Bíblia na Linguagem de Hoje [fora de prelo] tem uma chamada na margem, assim: “Jesus quer dizer ‘O Deus Eterno salva’”. Já no caso de Messias, o recurso usado é outro: o asterisco juntado a essa palavra encaminha o leitor ao Vocabulário, onde se lê: Messias – o Salvador prometido no Antigo Testamento. Messias (hebraico) é o mesmo que Cristo (grego) e quer dizer “Ungido”. (Ver UNGIR). Nesse último verbete explica-se o que é a unção.



Sugestão bibliográfica


Roger L. Omanson, “What´s in a Name?”, The Bible Translator, Nova Iorque, United Bible Societies, janeiro de 1989, p. 109-119.

Idem, “Lázaro y Simón”, Traducción de la Biblia, Miami, Sociedades Bíblicas Unidas, 1o. Semestre de 1995, p. 13-17.

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Sociedade Bíblica do Brasil


Av. Ceci, 706 - Tamboré - Barueri, SP - 06460-120


Tel: (11) 4195-9590 // Fax: (11) 4195-9591 // Internet: www.sbb.org.br



Fonte (secundária):http://www.cacp.org.br/movimentos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1258&menu=12&submenu=6

Fonte (original): www.sbb.org.br

"Quem crer e for batizado..."

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
" Mc 16:15,16

Jesus disse que aquele que cresse e fosse batizado seria salvo, e quem não cresse seria condenado. Mas o que ele quis dizer com isto?

Para a salvação existem dois condicionais: Crer e ser batizado. Então para entender melhor vamos analizar o que cada um deles quer dizer.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Vídeo- O Livro Perigoso

Olá pessoal!
Hoje eu to aqui só pra fazer uma postagem de um vídeo muito interessante, que tenho certeza que vai abençoar muito vocês. Não deixem de assistir!













Parte 1


Parte 2



Deus abençoe!

terça-feira, 22 de junho de 2010

O Senhor dos talentos

Mateus 25
"14 ¶ Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens.
15 E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.
16 E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos.
17 Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois.
18 Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
19 E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles.
20 Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles.
21 E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
22 E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos.
23 Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
24 Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;
25 E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
26 Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?
27 Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros.
28 Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos.
29 Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.
30 Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
"

Esse é um texto muito conhecido e muito pregado. A explicação da parábola é simples: Deus distribuiu talentos, que na parábola é um dinheiro da época, e para nós pode significar um dom ou uma responsabilidade, e um dia pedirá conta de cada um desses talentos.
Todas as pregações que eu vejo focam em cima da multiplicação dos talentos, afinal o servo que recebeu um talento entregou este mesmo talento, não tirou e nem acrescentou, e foi condenado por seu senhor às trevas exteriores.
O que eu quero focar aqui é um outro detalhe da parábola: De quem eram os talentos, dos servos ou do senhor? Você consegue perceber que mesmo quando o senhor está ausente, os talentos apesar de estarem sob responsabilidade dos servos, continuam pertencendo somente ao senhor? Você percebe também que até o que os servos multiplicam dos talentos, continua pertencendo somente ao senhor, e os servos nada tem deles?
Minha mensagem de hoje baseada neste texto é um alerta para que não vivamos nossa vida (i.e., nós que somos cristãos) como se fossem nossas. Em outras palavras, se um dia você disse: "Senhor eu te entrego minha vida" ou se você simplesmente decidiu seguir a Cristo, você não tem mais nenhum direito sobre a sua vida ou o que ela produz. Tudo a partir de agora é somente para a glória do Senhor.
Irmãos, não vivamos mais como a grande maioria dos que se chamam "crentes" nos dias de hoje vivem, achando que podem agradar a Deus por seguir uma religião, mas vivendo como que para si mesmos. Jesus disse: "Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á."(mt16:24,25) Se você quer seguir a Jesus, não viva mais pensando no que você poderá fazer para seu próprio futuro. Não pense mais se você se dará bem amanhã. Não se preocupe mais se o seu dia de amanhã será fácil ou difícil, se será dia bom ou mal. Preocupe-se em viver a cada dia para a glória de Deus. O dia que entendermos essa simples mensagem, facilmente entenderemos quando Jesus diz: "Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?"(mt6:31), pois teremos a certeza que se vivemos para Deus, Ele mesmo suprirá todas as nossas necessidades.
Lembre-se: O talento não pertence a você. O que o talento gerado também não. Todos os talentos, isto é, tudo o que Deus entregou a ti, toda a sua vida e todos os teus frutos não são para ti, mas são somente para o Senhor. A cada dia tenha o cuidado de multiplicá-los, de fazer com que eles rendam tudo o que puderem, porque o dia chegará em que o Senhor voltará e pedirá contas de tudo. E o que você espera ouvir: "Servo bom e fiel" ou "servo mal ou negligente"? A graça Dele está sobre ti para multiplicar teus talentos, se você não escondê-los.

O dia e a hora nós não sabemos, trabalhe como se Deus voltasse o mais breve. Breve Ele virá!