quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Igreja x O próximo

Havia uma cidade do interior, que possuía apenas uma igreja onde a população costumava frequentar.
Um dia, certo homem estava voltando do centro para sua casa, havia feito algumas compras. Enquanto passava em frente à igreja da cidade, passaram dois sujeitos em uma moto, lhe assaltaram e lhe deram um tiro, que não chegando a matá-lo naquele instante, deixou-o ferido ali naquele lugar. Os dois sujeitos foram embora com seus pertences, inclusive seus documentos.
Adiantado para o culto que haveria mais tarde, chegou o pastor presidente em seu carro. Viu o homem ferido no chão, e teve dificuldade em manobrar o carro para entrar na garagem da igreja. Depois, chegou também um dos homens que mais trabalhava na igreja, líder de vários ministérios. Ele liderava muitos ali, e também fazia os preparativos para o culto. Ele entrou rápido para começar os preparativos, e cuidou de colocar a placa que ficava à porta da igreja à frente daquele homem no chão, para que não espantasse os que quisessem ali entrar para adorar.
O homem no chão suspirava de dores, quando um jovem, voltando de seu trabalho e indo para sua casa, passa por ele e se compadece. O pastor e o líder de ministérios perseguiam este jovem, pois ao voltar do trabalho, ele ia para casa ficar com a família ao invés de entrar para os cultos. Ele também não dizimava, pois ganhava pouco e dedicava-se à sua família, assim apenas dava algumas ofertas. Ao passar pelo homem, este correu para chamar os médicos, e com eles, o levou para o hospital da cidade. No hospital ele pediu para que cuidassem do homem enquanto este precisasse, deu um sinal de entrada e se propôs a pagar pelo resto do tratamento dele.


Esta é a parábola do bom samaritano adaptada para os dias atuais (Lucas 10:30-35). Muitas adaptações já existem, cada uma a uma realidade. Esta parábola de Jesus mostra como devemos agir com os outros, nos mostra quem é o nosso próximo, e nos mostra um pouco da vazia hipocrisia religiosa. Devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos, e mais que isso, devemos ser o próximo dos que precisam. Devemos nos desprender da religiosidade e do orgulho para nos diminuirmos ao serviço daqueles que precisam. Também não devemos julgar nossos irmãos como se fôssemos melhores que eles, não devemos julgar aqueles que procuram viver uma vida sincera no evangelho mas tem concepções diferentes das nossas. A parábola do bom samaritano desconstrói muito do modelo de igreja de nossos dias.

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